sábado, 29 de agosto de 2009

Se Vai Protestar, Protesta Direito, Porra!

O movimento Fora Sarney veio tomando muita força em São Paulo, e acabou por ter seu 'dia fixo' de passeata. Há três sábados, o protesto contra o presidente do senado acontece no MASP, na Av.Paulista de Sampa.
É claro que gritar "FORA SARNEY" e parar o trânsito não levará a lugar nenhum. Leôncio não deixará de ser o Big Boss do senado, muito menos com a atitude patética que presenciei naquele protesto.
O grito mais decorrente era "Ei, Sarney, Vai tomar no **!" (sem palavrões, isto é um blog de família). Já disse que as passeatas não vão mudar nada, independente dos gritos, mas, ao menos, façam algo inteligente. Ele é o presidente do senado, não o açogueiro - apesar de não haver uma diferença de comportamento intelectual de um pro outro.
Muita gente tava no grito sem saber o porque, sem nem saber quem é José Sarney e nem o que ele fez. O pessoal tava lá pela diversão de gritar, parar o trânsito e papear com o hippie. O povo nem ao menos sabe o que Sr.José faz, acredite, tinham pessoas lá que não sabiam nem que Sarney era senador do Amapá (estado com qual ele possui a mesma ligação que Che Guevara possuia com a Romênia). Pior ainda, tinham pessoas lá que não sabiam nem que Sarney era senador!Os paulistanos não são afetados em nada pela 'liderança' de Sarney. Concordo que ele é o mais belo exemplo de filho da puta, mas vocês são o que agora, exército da salvação? Eu não gosto do Sarney porque vejo ele como um símbolo do que o Brasil quer - e deve - abandonar. Nosso atual presidente do Senado é, ao meu ver, o 'emblema' da época do Governo Militar, um dos homens que viveu apenas a base do apoio e precisa ser esquecido, junto com outros políticos desse tempo.
Acho que essas micro-revoluções ganharam muito poder por causa do CQC. Tem muito adolescente hoje em dia querendo ser revolucionário, querendo mudar o país e o mundo. Sinto dizer, mas pra isso, é necessário saber, ao menos, a favor de que você acha que está lutando.

É difícil mudar algo relacionado a política e ao governo. Não é impossível, o poder é do povo em qualquer situação, mesmo que seja uma ditadura, quem pode mudar isso é o povo.
Pena que o nosso povo não saiba nem escrever, tampouco mudar um país que ocupa 50% do território latino.

Por isso que eu digo, e insisto: Protestar é mais do que gritar, correr e brigar com PM. É lutar por alguma coisa que você realmente acredita.A política reflete o interesse do povo e, na minha opinião, os políticos estão no exato nível de 'merecimento' da nossa população.

E Insistentemente, eu continuarei dizendo: Se vai protestar, PROTESTA DIREITO, PORRA!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Crítica - Arraste-me para o Inferno

Saudades daquele terror asqueroso e gosmento que faz você querer tampar os olhos, mas ao mesmo tempo seu subconsciente não o deixa fazê-lo? Pois é, comparado aos filmes de terror atuais, Drag me to Hell é uma obra-prima.

O filme gira em torno de Christine Brown (esqueci o nome da atriz e não estou com saco de procurar no Google), uma jovem que trabalha num banco, tomando conta dos empréstimos ou algo do gênero. Por estar concorrendo a vaga de assistente da gerência, Christine recusa um pedido de extensão para pagar a hipoteca da casa de uma senhora indiana, Sylvia Ganush (não vou por os nomes dos atores afinal... who cares?) e a faz perder o imóvel.

Esse fato leva as duas personagens ao cúmulo da mais divertida ignorância: A porrada entre uma velinha e uma loirassa. É uma cena exagerada, Sylvia tem a força de cem touros e Christine parece o Schwaznegger lutando. No final da porradaria, Ms. Ganush revela-se uma cigana e joga a maldição da Lâmia sobre a adorável moçoila.
A maldição faz o tal demônio atormentar o alvo durante 3 dias, e, após esse período, ela seria arrastada para o inferno.

Praticamente a trama inteira se passa ao redor de nossa protagonista tentando escapar da maldição. Vou tentar não dar spoilers, mas esse negrito aqui já é o aviso.

A característica mais marcante - e escrota - do filme é, sem dúvidas, os sustos, somados a nojeira desnecessária das cenas, tais quais... bem, uma velha morta vomitar na boca de uma loira goshtausa.
Os sustos são, na maioria das vezes, previsíveis, portanto, você já pode se encolher na cadeira com um aviso prévio, mas há algumas cenas nesse filme que vão lhe fazer pular da cadeira totalmente desavisado.

Concluíndo, com cenas interessantes, um roteiro bem criativo e um terror com certa pitada de humor torna "Arraste-me para o Inferno" um filme essencial para os amantes do gênero. Já para os que não são muito aficcionados... não vai cair bem

Sam Raimi mandou bem, apesar das cenas asquerosas e totalmente desnecessárias, veio bem a calhar, já que o cinema sentia falta de um terror divertido, longe de "Premonição" ou qualquer coisa do tipo que mais faça você rir - ou até chorar - ao invés de se assustar.

Minha avaliação: 4 estrelas
Descontei meia estrela por causa dos vômitos e 'asquerosidades'.
Descontei mais meia estrela por que sou chato pra caralho.

PS: Só eu notei a mãozinha do dêmonio no pecho da loira?

sábado, 15 de agosto de 2009

Coisas Que o Políticamente Correto me Obriga a Fazer

Dramatizada Essencial para o contexto da postagem.

Aula de redação. Colégio *** **** (não quero ser sequestrado). Dia Chuvoso. A sala úmida. Os rostos tristes. A professora irrtada. A lousa suja.

Sim, foi basicamente nesse tipo mega clichê de escrita que devíamos começar um texto. A professora passou o seguinte trecho, que deveria servir de primeiro parágrafo do nosso trabalho:

"O Jornal estava dobrado sobre a mesa simples. A toalha limpa, a louça branca, o pão fresco. A faca manchada de sangue permanecia em minhas mãos."

A véia maluca ainda pediu para não deixarmos um final "batido" . Bom, os fins justificam os meios. Isso se aplica ao começo também, eu acho...

Enfim, após ler esse trechinho ridículo, eu e um amigo fizemos um texto tirando sarro dessa maneira bizarra de escrita. Estava ficando assim (até ser interrompido):

"O Jornal estava dobrado sobre a mesa simples. A toalha limpa, a louça branca, o pão fresco. A faca manchada de sangue permanecia em minhas mãos. A marmota estava na água, a lagosta estava de molho no caldeirão, o bujil cantara a meia noite e Pongo buscava seus 101 filhos..."

A história teve que parar por aí, pois foi tão críticada que os xingamentos que flutuavam na minha mente corroeram completamente a minha criatividade.
Segundo o 'público' do local, o texto não estava "de acordo com a proposta" e jamais iria pra alguma mostra cultural (nunca soube o que é isso), pois não era politicamente correto. Acho que ela falou tanta linguiça pra dizer que não tem senso de humor.

Fiz um texto moribundo e, admito, não tive o menor prazer em escrevê-lo. Final ridiculamente sem graça - seguindo o início dado - um clímax bizarro e non-sense e o texto no geral, completamente chato e mal escrito. Bom, ficou assim:

O Jornal estava dobrado sobre a mesa simples. A toalha limpa, a louça branca, o pão fresco. A faca manchada de sangue permanecia em minhas mãos. Eu estava estático, não acreditava no que acabara de fazer.
Com as mãos tremendo, larguei vagarosamente o maldito instrumento que utilizei para cometer o que poderia ter sido o pior erro da minha vida
Andando com passos leves, afastei-me do defunto e puxeiuma toalha. Quase que com lágrimas nos olhos sequei o sangue dele de minhas mãos. Observava fixamente o corpo enquanto perguntas brotavam na minha mente: Por que fiz aquilo? Não havia outra saída?
As consequências nem passavam por minha cabeça, tampouco esconder o corpo do coitado. Havia algo naquela cena aterrorizante... algo doente, porém, algo de que eu estava gostando.
Minha expressão mudou completamente. Aquele corpo sem vida, que há pouco era assustador, agora me causava certo sentimento de... alegria. Guardei minha faca - ainda ensanguentada e fui andando calmamente até a porta.
Não me dei o trabalho de tirar o corpo dali, do local onde o matei, pois afinal, era ali que deveria ficar. Naquela manhã, descobri quem eu realmente era.

Sim, o texto é horrível, e sim, foi realmente uma exemplificação idiota para o "Politicamente Correto", mas foi a única história que me ocorreu atualmente e que servia de exemplo para isso.

Digo... pessoas brancas são chamadas de brancas... pessoas pretas são chamadas de "negras". Afinal, o nome da cor é qual?
Não tenho preconceito e se eu fosse negro ao invés do branquelo nerd que sou, não me ofenderia em ser chamado de preto.
Entre outras, se pode fazer piada de taxista, mas não de judeu. Taxistas não tem sentimentos? São apenas robôs que sabem indicar a direção de qualquer lugar que você perguntar?

O que eu acho engraçado no "humor negro", certas vezes, não é nem a piada. É a indignação patéticas das pessoas em relação a piada. Você se ofende com uma piada que não é redigida a você, mas não se importa com a piada que zoa sua personalidade ou cor de pele? Isso pra mim não faz o menor sentido, deve até fazer para algumas pessoas, mas discordo de tal opinião.

É errado fazer piadas de judeus, dizendo que eles nos cobram terríveis impostos como vingança?
Bom, prendam todos os que acharam graça do russo do "skavuska" da NET, pois os soviéticos foram os que mais sumiram do mapa na Segunda Guerra.

Já que todo mundo aqui é americanizado, pra que se preocupar com a "mãe rússia"?
O taxista russo será a nova febre das piadas de stand-up.

Espero que tenham entendido os exemplos, novamente, não estou dizendo para fazerem uma passeata em amor a Trotsky, são exemplos, povo, exemplos, apenas compreenda o ponto do texto.
Perdão pela postagem enorme e pelas exemplificações exageradas. Não se culpe por não ler, nem mesmo eu li, apenas escrevi.

sábado, 8 de agosto de 2009

Back From the Undeads

Hey!
Esses últimos dias parei de postar. Não por que eu não me importe com o meio leitor que esse site velho tem, nem por que a preguiça de férias foi mais forte que minha vontade de escrever. Na verdade, eu fui sequestrado por 3 zumbis holandeses, que me levaram ao cemitério e me obrigaram a ficar de cueca e fazer embaixadinhas com uma bola terapêutica.

Mentira. Ócio criativo.

Eu teria voltado com as postagens um pouco antes, se a gripe suína não adiasse a volta as aulas e, consequentemente, reforçando meu desligamento mental.

Técnicamente, essa é a postagem que todo bloggeiro faz algum dia, aquela postagem beeem clichê pedindo desculpas ao(s) leitor(es) do blog por não estar postando muito. Como não é de minha natureza me arrepender amargamente das coisas, vou tentar enfiar um pouco de humor nisso aqui, já que, devo admitir, a história da embaixadinha com bola terapêutica foi péssima.

Sério, não consigo ser engraçado de maneira forçada.
Acho que eu deveria falar mais do que está acontecendo no nosso país, desde a polêmica em relação ao "racismo" de Danilo Gentili até a crise no Senado. Devia falar da crise do mundo virtual, da micro-revolução contra o Internet Explorer 6 até o ForaSarney e o processo contra o Twitter.
Ou eu poderia continuar sentado assistindo incessavelmente esse vídeo (até que minha pele seja totalmente corroída pelas areias do tempo):



Dumbledooore!