quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Incompetências Internéticas

Advinha se eu menti sobre a crônica sair no domingo? Eu não menti, apesar de não ter nenhum post no domingo e, bem, o de hoje não ser o capítulo 3. Esse aviso aqui veio pós-texto, apenas para explicar a causa. Esse tema não era esperado, veio de relançe, quando me deparava com alguns fatos que encontrei na rede. Divirtam-se. Ou não.

Cada vez mais as notícias que encontram na internet me fascinam. Queria saber se blogueiros eram realmente processados por causas estúpidas. Má foi minha ingenuidade a jogar "Processo Blogueiro" no Google.

Primeiro Caso - Multa de R$:16.000 para o blogueiro Emílio Moreno.
A parada ocorreu desta forma: O tal blogueiro escreveu um post falando de uma briga que rolou entre dois estudantes de um colégio em Fortaleza. Um comentarista anônimo, por ter medo de deixar a cara a tapa quando se trata de falar mal, postou um comentário difamando a diretora do colégio, uma freira com um nome bastante estranho (espero não ser processado por isso).
Resultado: Emílio teve de pagar 16 mil reais, um valor que soma uma penca de salários mínimos, de indenização para a freira. Por causa de algo que um comentarista postou! Segundo a justiça, a culpa foi do blogueiro por ter a filtragem de comentários e não deletar uma citação chúla, que lhe renderia o caso judicial; eu não filtro opiniões, tampouco deleto as críticas. Isso é censura. Já diria IzzyNobre, a justiça brasileira é muito incompetente quando se trata de casos internéticos (e devo os créditos, pois alguns os que citarei aqui tomei conhecimento pelo HBDtv).
Conclusão: Desembolsou 16.000 reais por veicular informação.

Outro caso interessante é o da blogueira Cláudia Mello, que mantinha um blog pessoal há 4 anos e foi processada por um médico após este ler um post em que a blogueira reclamava do atendimento que recebeu por parte do doutor. A opinião pessoal não pode mais ser exibida? Fodeu, vou apagar o post do Luciano Huck, lá nos primórdios do Blog do Pateta, antes que ele me processe.
Ora bolas, um blog de resenhas de filmes, por exemplo, mete o pau em uma película, com supostas "bases de conhecimento" e um colunista de um jornal, que tem mais noção da área, diz que o filme é ótimo. Vão processar o blog por ter "opinião própria errada"?
Vou pôr uma tarja preta no meu blog.
Caso eu fosse leigo no assunto de jogos (coisa que não sou, já que é uma das poucas coisas quais me insiram a realizar um esforço na vida) e falasse mal de um jogo, falasse que era chato, boring e o diabo, eu seria processado por difamação!?
Fantástico.

Pra finalizar - já que não tem imagens nesse post, o que implicará uma leitura sonolenta por maior parte do pessoal E constando que a bateria do laptop está quase no fim - citarei um caso, envolvendo joguinhos, não podia faltar.

O Brasil tem a força de vontade de derrubar a pirataria. Alguém avisa que sancionar leis idiotas não é a melhor forma. O Counter-Strike, Half Life, GTA (Grand Theft Auto), Carmaggedon e Mortal Kombat, entre outros famosos, já são proibídos aqui, nem parece né? A justiça é incapaz de colocar essas leis na prática, então aprovando-as, ela só consegue causar duas coisas: Revolta e mais pirataria! Chega a ser intrigante.

Esses dias, o senador Valdir Raupp (who?) elaborou um projeto para considerar ilegal a venda, troca, fabricação e distribuição de jogos que possam vir a ser ofensivos para "cultos, religiões, crenças e povos", isso vindo da boca do próprio senador. A lei foi aprovada e está prestes a entrar em vigor, agora, entrar em vigor e sair do papel são antagonistas aqui. Pelo que eu entendi, querem proibir jogos como Diablo, Demon's Souls e quem sabe até Warcraft. Depende do nível de histericidade dos políticos. Mas diheiro na cueca só rende dois dias no tribunal, saíndo livre e tranquilamente, tal qual Alice no País das Maravilhas.

Não há mais o que dizer, anãocer classificar isso como "Perturbador".
E torcer para que não me processem, porque R$ 16.000 é uma quantia que eu não possuo.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

New Project.

Eu fiz um novo projeto no WordPress, mais virado pro lado de games.
Eu realmente gostei de fazer a review do Assassins Creed II, então, resolvi fazer um blog só pra games, filmes baseados em jogos e coisas que rondeiem este universo. Deguste, filho da puta:

www.oneupblog.wordpress.com
Ou simplesmente One-Up Blog
"One-Up Blog. Porque três vidas é muito pouco"

Sim, eu sei. Como publicitário, sou um ótimo motorista.



PS: Próximo post, domingo, eu assino um virtual e imaginário contrato que diz que eu CONTINUAREI a crônica maldita. Terceiro capítulo, coming next sunday.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Game Review - Assassins Creed II

PS3/XBOX 360/PC
Conseguiu surpreender. Ultrapassou as enormes expectativas. Definitivamente o jogo do ano, uma aula de história e aula interativa essencial para a escola de matadores de aluguel.

Assassins Creed I veio como um estouro no mercado e nas revistas de games, mas era cornetado com alguns defeitos, dentre o mais forte deles, a repetição. A Ubisoft com certeza viu esse problema e trabalhou duro para resolvê-lo, porque nesses 2 dias in-loop assassinando italianos no PS3 não me trouxeram um teco de enjôo.
É um daqueles jogos que você coloca na lista de "Top Games de 2009/2010" sem receio algum e já fica empolgado procurando especulações de uma terceira edição da série.
Vejam o porque:

Jogabilidade:
Fantástica. Os combos de assassinato são de deixar uma platéia boquiaberta e as funções de Parkour foram bastante aprimoradas, com comandos mais adaptados ao joystick do PlayStation, tornando mais fácil a mobilidade de Ezio pelas ruas italianas. Porém, não é perfeito. Durante as corridas nos telhados, o analógico pode acabar se perdendo e por muitas vezes, o jovem Auditore cai de um local não muito baixo. A inteligência artificial dos guardas está exponencialmente melhor, eles vão até você para investigar e logo atacam. Diferente de Altair, você não escapa deles rezando, mas sim se misturando em grupos de pessoas nas ruas. Tornou-se um jogo mais difícil e superou aquele fator do "too easy". As missões se tornaram mais interessantes devido a história, que será explicada mais pra frente, e você nunca perde a vontade de fazê-las, pois é simplesmente muito divertido!
Em quesito de jogabilidade, a nota é 9.5!

Gráficos:
There's no much to say. O PS3 é conhecido principalmente pelos gráficos, portanto, é um jogo de ótimos gráficos, no padrão da tal plataforma. Nenhum bug de imagem ou de profundidade apareceu até agora. Os assassinatos de Ezio com a hidden blade não ficam perfeitos no quesito gráfico, assim como os de Altair no AC I. É um detalhe do jogo que seria mais bacana com uma atenção mais forte da Ubisoft. Os lagos com o estonteante reflexo do sol veneziano não deixam nada a desejar, assim como o sangue derramado das gargantas dos inimigos.
Pelos bens e pelos males, a nota na área visual é: 9

Novidades:
Essa é a parte mais longa. Assassins Creed II trouxe inúmeras fantásticas novidades. Novos personagens, novas habilidades, novas armas e, somando isso, novos modos de assassinato. Durante o gameplay, você conhecerá figuras que marcaram o século XVII - tais quais Leonardo da Vinci, Lorenzo di Medici e até Nicolau Maquiavel! Todos eles encaixados de maneira tão perfeita - tal qual uma peça de tetris - no universo de Ezio que você até imagina eles como personagens fictícios - Ou ainda: Imagina Ezio como um personagem real. Os fatos históricos são coerentes, trazendo uma indescritível sensação de realidade durante o jogo. As armas são variadas e igualmente divertidas - desde espadas, facas, lanças e até martelos e machados medievais - todo o arsenal necessário para esmagar um crânio. O assassino também poderá fazer upgrades na sua lâmina escondida: Leonardo Da Vinci as fará! Envenenamento e lâminas duplas são as breaking news da clássica arma do Assassins Creed. Aliás, já imaginou soltar um disparo com em pleno século cinco e cento? Não? Agora você pode. O pintor da Mona Lisa também construirá uma máquina voadora que estará a sua disposição! Exato! Ezio poderá voar sobre as cidades da Itália renascentista! Apenas imaginem o quão divertido isso é!
Além do "morcego gigante" - apelido da máquina voadora de Da Vinci - você poderá montar em cavalos e navegar em pequenas barcas nos famosos Canais de Veneza. Em combate, o jogo não decepciona. Os combos inovaram, com malabarismos, giros e façanhas acrobáticas do personagem principal. Outra coisa que nos deixa fascinado na ação de porrada é que Ezio poderá lutar pau-a-pau com os guardas mesmo desarmado! Como? Simples: Um dos combos é desarmar seu oponente! Pra que comprar armas quando você pode simplesmente roubá-las de guardas desatentos? Por último, mas não menos importante, você poderá contratar, no meio da cidade, prostitutas, ladrões e guerreiros para um simples objetivo: Ajudá-lo.
Distrair guardas e combater inimigos ao seu lado como mercenários fecham a seção de novidades, que merece nota: 10!

História:
O pessoal que é fã de movie-games, ou seja, jogos com várias cutscenes, spin-offs e enredos roteirizados para as telonas vai amar. As já citadas relações com os fatos históricos reais trazem a história mais próxima do jogador, criando a sensação de estar dentro do jogo. As ligações que a sequência de Assassins Creed fez com o primeiro episódio foram emocionantes. As estátuas dos antigos assassinos e as velhas escrituras de Altair sobre o "Piece of Eden" criam uma conexão entre os universos, e não deixa pra trás que Altair, Ezio e Desmond, o barman, tem a mesma linhagem de sangue. Fora do Animus, Desmond aprende a arte dos assassinos- vivendo, dentro do aparelho, seu ancestral fiorentino. Agora, por que? Será Desmond um assassino? Teria alguma relação com Abstergo? Com os templários? Será que vocês verão alguma ação surpreendente no inocente barman?
Só a atenção redobrada na história do jogo responderá, que, à propósito, merece nota: 10!

Análise Final:
Assassins Creed II não só continuou a série de maneira igual, não apresentando falhas. Esta sequência se superou em aspectos que mal imaginávamos. É um novo gameplay, uma nova sensação ao jogar. É uma prévia do que o futuro da empresa dos videogames nos reserva. O HD e os consoles da nova geração são os passos iniciais. The future is now.

Média Final de Assassins Creed - 9.6



E é por isso que eu digo: Nunca duvide de um game.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Maioridade Penal - WTF?

First of all, deixe-me explicar o contexto:
É um tema bastante incomum, tendo em vista os posts anteriores. Sim, o post inicial era a Review de Assassins Creed II para o PS3. Não, eu não sei como uma review se tornou um texto de reflexão política.
O fato é o seguinte: Algum dia eu terei que escrever um material (de qualidade) sério. Isso inclui redações argumentativas, com tese, argumentação, conclusão e os caraio. Escolhi o tema "Redução da Maioridade Penal" pois, além de ser o tema da prova de português, é algo que tenho uma opinião certa e definida, e acho que rende umas linhas interessantes.
Preciso praticar alguma coisa séria de vez em quando. É difícil ganhar pão tirando sarro de arte morderna ou analisando um B.O da polícia federal escrito por um oficial sob efeitos de rodiasol.

Pré-Post PS: Esse tema foi escrito pelo Nipooo e eu tenho a autorização verbal (leia-se "pode copiar a minha idéia, eu não me importo") para isso. Sinceramente, não influência em muita coisa. Vaaamos lá.

Maioridade Penal.

O Estatuto da Criança e do Adolescente proíbe a permanência de mais de 3 anos de um menor de idade - abaixo de 18 anos - num orgão de internação. Essa mesma insituição toma medidas levadas pelo senso emocional e não vê que deixar em liberdade uma pessoa de 16 anos que cometeu um crime é um ato incoerente e imoral, já que simplesmente "tolera" a sentença e condenação de alguém que cometeu o exato mesmo crime, mas é, involuntariamente, dois anos mais velha. Eles acham que ninguém nunca pensou em tirar proveito dessa falta de punição? Também, não há uma grande evolução de conscientização do adolescente em seu período de crescimento dos 16 ao 18, portanto, a falta de noção de seu ato criminoso é um contra-argumento dispensável.
No Brasil, é cedida a carteira de motorista e o direito ao voto para o jovem de 16 anos. Propriamente, por lhe conceder o manejo de um carro - que, em mãos irresponsáveis, é um fator significativo nos gráficos de aumento da mortalidade (grande parte dos acidentes automobilísticos são resultantes de indivíduos inaptos ao volante) - e a influência na disputa por cargos políticos, tirar a responsabilidade por suas ações, somente em conta de que são atos infratores à lei, é anti-ético, e, ainda por cima, uma brecha para que o aumento da criminalidade adolescente seja exponencial. A falta de punição é um favor ao crescimento de atos condenáveis na extensão tupiniquim.O que foi exposto aqui nos leva - ou tentará nos levar - à decisão mais justa e lógica que os governantes podem tomar em relação a redução da maioridade penal: Ela é necessária, essencial. Todos os indivíduos são iguais perante à lei, ao meu ver, desde que conscientizados de seus atos, sejam crimes ou favores. Frizo novamente que, um jovem em seus 18 anos não é tão mais ciente da criminalidade realizada por ele do que um outro de 16. A redução dessa pena fechará a brecha que livra a cara de criminosos que, incessantemente, tomam proveito da situação, enquanto a justiça assiste, de pernas cruzadas, todos os ocorridos.
Para mim, há duas regras que devem ser aplicadas numa deicsão política tão polêmica: Primeiramente, ela deve visar o bem da maior parte da sociedade, o bem e a vontade da maioria são a base do sistema governante democrático. Em segundo lugar, a decisão não pode, de maneira alguma, contradizer os direitos humanos - Meu motivo por ser contra a pena de morte.
Na redução da maioridade penal, não há infração dessas duas regras, há apenas um fator, que pode tornar todos os outros argumentos nulos. Esse fator é a justiça, a qual deve ser aplicada igualmente a todos.

The End.

Eu sei que não segui a ordem da carta argumentativa, mas carácoles, que coisa complicada. Fiquei tentado em escrever sobre pena de morte. Aguardem.
Aliás, uma discussão nos comentários seria bacana. Mesa redonda de blogspot.

PS Pós Texto: Sim, o próximo post É a review de Assassins Creed II.

domingo, 22 de novembro de 2009

Crítica - 2012

Aqui está, novamente, o aviso de spoilers para toda a crítica de filme. Se não quer revelações sobre a bosta do enredo, vá assistir e depois volte aqui para ler.

Leitor(es).
Lembra quando, em um post, eu disse que queria fazer uma crítica de um filme treche, mas beeem treche mesmo? Realizei este desejo hoje.

Houve muita falação sobre o filme do fim do mundo e, principalmente, uma grande expectativa, que não foi cumprida.

A história do fim do mundo foi um marketing natural pro lançamento de "2012" - e quem sabe, o apagão de SP foi um marketing agressive. É comparável a chamar as pessoas da superlotação de 18:00h na praça da sé pra assistir o truque de tirar a moeda de trás da orelha de alguém.

Até a metade do filme eu estava quase gostando. Eles tinham a história perfeita. A faca e o queijo nas mãos. Nas mãos erradas. Foi somente um grande show de - exagerados - efeitos especiais; pra falar a verdade, o ingresso só vale pelos efeitos especiais.

Na verdade, o ingresso é caro. Vale os 10 reais que você compra de qualquer oriental na Av.Paulista.

Rolland Emmerich errou a mão e conseguiu meter o maior clichê da história num filme de fim do mundo, onde todos deveriam basicamente MORRER!
Certo, as pessoas morrem numa quantidade considerável, mas, porra, meter um herói-Robin Hood que salva as pobres almas que não tem dinheiro para entrar nas "Arcas de Noé" da salvação... é complicado.

No final - SPOILER - as pessoas que misticamente sobreviveram aos terremotos, maremotos, tsunamis, explosões random e erupções vulcânicas ingressam nas "arcas" - construídas pelos japonêses em UM ano. Arcas GIGANTES de material resistente a tempestades apocalípticas. A intenção era vender ingressos para os ricos, e era até capaz de se tornar um filme razoável caso isso ocorresse, mas não. Isso me indigna. Por quê tem o idiot hero que coloca os pobres dentro da arca? E ainda fica no drama, envolve a história do casamento e da relação do personagem com os filhos... Algo cansativo de explicar e de assistir.

What a shit movie.
O que eu disse aqui era o que precisava ser dito, o resto é irrelevante. Basicamente, não vale o tempo e a divulgação.

Avaliação: 2 Estrelas.
Mais efeitos especiais que Warcraft III

PS:
Queridos/Poucos leitores, como bom nerd, estou pensando em fazer uns reviews de jogos e coisas do gênero aqui no Blog.
Tem um coco numa ladeira: Rola ou não rola as reviews?

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

The human being. E a tecnologia.

(Mais um dá série: "Whatever & a Tecnologia")

Ontem (quarta-feira, 10/11/2009, eu acho) lá pelas 22h rolou um apagão quase que geral em todo território tupiniquim. De sorte ainda atingimos o Paraguai, mas a Argentina saiu ilesa. Facepalm.

18 estados brasileiros viveram no apocalipse até as 2:43 da matina, onde dizem que a luz foi restabelecida e o distúrbio na força passou. Eu já dormia nessa hora, portanto, não posso confirmar a informação.

Maaas, vamos ao tema.
Logo quando um poltergeist pareceu invadir minha casa - ação que eu realmente acreditei, pois as lâmpadas piscavam mais do que a luz anal de um vagalume - fui até o quarto, busquei o telemóvel e entrei direto no Twitter pelo navegador podre da TIM. Até que o tal foi útil: Eu twittando piadinhas e minha mãe desesperada pois o 3G do I-phone não pegava.

Logo quando mandei a primeira piada pelo celular (acredito que tenha sido algo como "Feliz 2012 adiantado e parabéns a todos do Apocalipse Brasil!") me toquei que eu estava inapto a sobreviver aquela noite sem meu maldito aparelhinho celular, meu PSP a minha lâmpada de pilhas pra ler umas HQs velhas do Motoqueiro Fantasma.

Eu enchi tanta linguiça com historinha nesse post só pra mostrar que o ser humano se tornou tão dependente da tecnologia que um black-out (blecaute, que seja) já gerou um barata-voa assustador. Concordo que o apagão não foi pequeno, mas um pouco de auto-controle ou um mínimo de tolerância quanto a piadinhas infames no Twitter seria bacana.

Alguns amigos me "relataram" que a mãe deles começou a, literalmente, andar em círculos durante o período da falta de eletricidade. Minha casa também não era um foco de esbanjamento de alegria mas não chegamos a esse ponto.

Eu adoro tecnologia. Eu sou um nerd, que que eu posso fazer? Nesse momento eu estou vendo TV, escrevendo, ouvindo pocasts e assistindo TV muda (isso explica alguns erros de concordância nesse texto) e essa postagem não é, de forma alguma, uma crítica aos sedentários de computador - principalmente por que não sou nem um pouco auto-crítico.

O vício, qualquer tipo de vício, não importando se for por roer unhas do pé, cutucar o ombro ou qualquer tipo de esquizofrenia do gênero. O vício sempre causará problemas e eu gostaria de conseguir não me plantar como uma raíz velha na cadeira em frente ao computador, but I can't. Fica pra vocês essa tarefa, eu fico aqui escrevendo.

E ao final dessa redação, só posso pedir, nunca mais apagão!
A intenção inicial não era rimar, era só fazer uma frase final, mas agora que já ridicularizei, deixa quieto.

PS: Eu tô querendo gravar um VideoCast Solo, só pra brincar mesmo. Se conseguir fazer isso hoje ou amanhã, eu posto no sábado, pra compensar a "seca" de posts na última semana.

Agradecimento especial a todos que fizeram parte da grande bibliografia de piadas do apagão no Twitter.

domingo, 1 de novembro de 2009

Cards, Chips & Laws

A constituição brasileira proíbe qualquer "jogo de azar" mantido em lugar público, sendo "jogo de azar" qualquer atividade que envolva mais sorte - ou somente sorte - do que o próprio cálculo.
Houveram milhões de debates, reuniões, CPIs e o diacho pra definir a proibição ou legalização desse tipo de "modalidade" no Brasil, mas não é porque a legislação proíbe que metade do país cortará as atividades de pôquer semanal no domingo à tarde.

Eu, como defensor e amante berseker do Texas Hold'em e, infelizmente, uma tentativa de jornalista imparcial, vou falar disso pelos dois pontos de vista. Ou não. É, não.

Eu sempre achei que cada um vivesse por sua conta e risco, portanto, a culpa não seria da banca de BlackJack se alguém ficasse bêbado e apostase sua aposentadoria numa mão somada em 23. A mesma coisa para o bingo, roleta e outros desse gênero que agora me falham a memória. São jogos que eu considero estúpidos porque não incluem nenhuma lógica nem trazem alguma diversão, mas só o risco do prejuízo/perda de todos os bens imagináveis não é motivo que justifique a proibição generalizada de todos os jogos de carteado.

O pôquer, após ser apoiado por vários profissionais da área, foi considerado um esporte de estratégia e cálculo, estando ao lado do xadrez e afinal, a sorte não define os melhores jogadores. Mesmo assim, ainda é um esporte discriminado.
Todos os filmes e histórias de gente que "perde tudo nos jogos" fez esse senso comum ao redor, não só do pôquer, mas de toda atividade que possua um Ás.

Aqui, o BlackJack é considerado maligno, a roleta é o jogo do demônio e o texan poker é pra quem entregou a vida à futilidade. É uma pena, alguns esportes de cartas poderiam ser explorados, mas não, é mais fácil transformá-los em alvos. Pra que fazer algo?
Proíbam os cassinos, não precisamos deles. Já temos um grande cassino em Brasília, a verdadeira "Sin City".

Não é a constituição nem o preconceito que vão acabar com os cassinos.
Não é a constituição nem o preconceito que vão acabar com minhas tardes de pôquer no domingo.

PS: Próximo post, advinhem? (As Fantásticas Aventuras de) Dag Hammarskjöld: O Herói Desconhecido - Parte 3!
PS2: Atualizações toda quarta e domingo! Continue acompanhando!