Advinha se eu menti sobre a crônica sair no domingo? Eu não menti, apesar de não ter nenhum post no domingo e, bem, o de hoje não ser o capítulo 3. Esse aviso aqui veio pós-texto, apenas para explicar a causa. Esse tema não era esperado, veio de relançe, quando me deparava com alguns fatos que encontrei na rede. Divirtam-se. Ou não.
Cada vez mais as notícias que encontram na internet me fascinam. Queria saber se blogueiros eram realmente processados por causas estúpidas. Má foi minha ingenuidade a jogar "Processo Blogueiro" no Google.
Primeiro Caso - Multa de R$:16.000 para o blogueiro Emílio Moreno.
A parada ocorreu desta forma: O tal blogueiro escreveu um post falando de uma briga que rolou entre dois estudantes de um colégio em Fortaleza. Um comentarista anônimo, por ter medo de deixar a cara a tapa quando se trata de falar mal, postou um comentário difamando a diretora do colégio, uma freira com um nome bastante estranho (espero não ser processado por isso).
Resultado: Emílio teve de pagar 16 mil reais, um valor que soma uma penca de salários mínimos, de indenização para a freira. Por causa de algo que um comentarista postou! Segundo a justiça, a culpa foi do blogueiro por ter a filtragem de comentários e não deletar uma citação chúla, que lhe renderia o caso judicial; eu não filtro opiniões, tampouco deleto as críticas. Isso é censura. Já diria IzzyNobre, a justiça brasileira é muito incompetente quando se trata de casos internéticos (e devo os créditos, pois alguns os que citarei aqui tomei conhecimento pelo HBDtv).
Conclusão: Desembolsou 16.000 reais por veicular informação.
Outro caso interessante é o da blogueira Cláudia Mello, que mantinha um blog pessoal há 4 anos e foi processada por um médico após este ler um post em que a blogueira reclamava do atendimento que recebeu por parte do doutor. A opinião pessoal não pode mais ser exibida? Fodeu, vou apagar o post do Luciano Huck, lá nos primórdios do Blog do Pateta, antes que ele me processe.
Ora bolas, um blog de resenhas de filmes, por exemplo, mete o pau em uma película, com supostas "bases de conhecimento" e um colunista de um jornal, que tem mais noção da área, diz que o filme é ótimo. Vão processar o blog por ter "opinião própria errada"?
Vou pôr uma tarja preta no meu blog.
Caso eu fosse leigo no assunto de jogos (coisa que não sou, já que é uma das poucas coisas quais me insiram a realizar um esforço na vida) e falasse mal de um jogo, falasse que era chato, boring e o diabo, eu seria processado por difamação!?
Fantástico.
Pra finalizar - já que não tem imagens nesse post, o que implicará uma leitura sonolenta por maior parte do pessoal E constando que a bateria do laptop está quase no fim - citarei um caso, envolvendo joguinhos, não podia faltar.
O Brasil tem a força de vontade de derrubar a pirataria. Alguém avisa que sancionar leis idiotas não é a melhor forma. O Counter-Strike, Half Life, GTA (Grand Theft Auto), Carmaggedon e Mortal Kombat, entre outros famosos, já são proibídos aqui, nem parece né? A justiça é incapaz de colocar essas leis na prática, então aprovando-as, ela só consegue causar duas coisas: Revolta e mais pirataria! Chega a ser intrigante.
Esses dias, o senador Valdir Raupp (who?) elaborou um projeto para considerar ilegal a venda, troca, fabricação e distribuição de jogos que possam vir a ser ofensivos para "cultos, religiões, crenças e povos", isso vindo da boca do próprio senador. A lei foi aprovada e está prestes a entrar em vigor, agora, entrar em vigor e sair do papel são antagonistas aqui. Pelo que eu entendi, querem proibir jogos como Diablo, Demon's Souls e quem sabe até Warcraft. Depende do nível de histericidade dos políticos. Mas diheiro na cueca só rende dois dias no tribunal, saíndo livre e tranquilamente, tal qual Alice no País das Maravilhas.
Não há mais o que dizer, anãocer classificar isso como "Perturbador".
E torcer para que não me processem, porque R$ 16.000 é uma quantia que eu não possuo.
cout << "Revolución";
Há 14 anos