domingo, 22 de novembro de 2009

Crítica - 2012

Aqui está, novamente, o aviso de spoilers para toda a crítica de filme. Se não quer revelações sobre a bosta do enredo, vá assistir e depois volte aqui para ler.

Leitor(es).
Lembra quando, em um post, eu disse que queria fazer uma crítica de um filme treche, mas beeem treche mesmo? Realizei este desejo hoje.

Houve muita falação sobre o filme do fim do mundo e, principalmente, uma grande expectativa, que não foi cumprida.

A história do fim do mundo foi um marketing natural pro lançamento de "2012" - e quem sabe, o apagão de SP foi um marketing agressive. É comparável a chamar as pessoas da superlotação de 18:00h na praça da sé pra assistir o truque de tirar a moeda de trás da orelha de alguém.

Até a metade do filme eu estava quase gostando. Eles tinham a história perfeita. A faca e o queijo nas mãos. Nas mãos erradas. Foi somente um grande show de - exagerados - efeitos especiais; pra falar a verdade, o ingresso só vale pelos efeitos especiais.

Na verdade, o ingresso é caro. Vale os 10 reais que você compra de qualquer oriental na Av.Paulista.

Rolland Emmerich errou a mão e conseguiu meter o maior clichê da história num filme de fim do mundo, onde todos deveriam basicamente MORRER!
Certo, as pessoas morrem numa quantidade considerável, mas, porra, meter um herói-Robin Hood que salva as pobres almas que não tem dinheiro para entrar nas "Arcas de Noé" da salvação... é complicado.

No final - SPOILER - as pessoas que misticamente sobreviveram aos terremotos, maremotos, tsunamis, explosões random e erupções vulcânicas ingressam nas "arcas" - construídas pelos japonêses em UM ano. Arcas GIGANTES de material resistente a tempestades apocalípticas. A intenção era vender ingressos para os ricos, e era até capaz de se tornar um filme razoável caso isso ocorresse, mas não. Isso me indigna. Por quê tem o idiot hero que coloca os pobres dentro da arca? E ainda fica no drama, envolve a história do casamento e da relação do personagem com os filhos... Algo cansativo de explicar e de assistir.

What a shit movie.
O que eu disse aqui era o que precisava ser dito, o resto é irrelevante. Basicamente, não vale o tempo e a divulgação.

Avaliação: 2 Estrelas.
Mais efeitos especiais que Warcraft III

PS:
Queridos/Poucos leitores, como bom nerd, estou pensando em fazer uns reviews de jogos e coisas do gênero aqui no Blog.
Tem um coco numa ladeira: Rola ou não rola as reviews?

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

The human being. E a tecnologia.

(Mais um dá série: "Whatever & a Tecnologia")

Ontem (quarta-feira, 10/11/2009, eu acho) lá pelas 22h rolou um apagão quase que geral em todo território tupiniquim. De sorte ainda atingimos o Paraguai, mas a Argentina saiu ilesa. Facepalm.

18 estados brasileiros viveram no apocalipse até as 2:43 da matina, onde dizem que a luz foi restabelecida e o distúrbio na força passou. Eu já dormia nessa hora, portanto, não posso confirmar a informação.

Maaas, vamos ao tema.
Logo quando um poltergeist pareceu invadir minha casa - ação que eu realmente acreditei, pois as lâmpadas piscavam mais do que a luz anal de um vagalume - fui até o quarto, busquei o telemóvel e entrei direto no Twitter pelo navegador podre da TIM. Até que o tal foi útil: Eu twittando piadinhas e minha mãe desesperada pois o 3G do I-phone não pegava.

Logo quando mandei a primeira piada pelo celular (acredito que tenha sido algo como "Feliz 2012 adiantado e parabéns a todos do Apocalipse Brasil!") me toquei que eu estava inapto a sobreviver aquela noite sem meu maldito aparelhinho celular, meu PSP a minha lâmpada de pilhas pra ler umas HQs velhas do Motoqueiro Fantasma.

Eu enchi tanta linguiça com historinha nesse post só pra mostrar que o ser humano se tornou tão dependente da tecnologia que um black-out (blecaute, que seja) já gerou um barata-voa assustador. Concordo que o apagão não foi pequeno, mas um pouco de auto-controle ou um mínimo de tolerância quanto a piadinhas infames no Twitter seria bacana.

Alguns amigos me "relataram" que a mãe deles começou a, literalmente, andar em círculos durante o período da falta de eletricidade. Minha casa também não era um foco de esbanjamento de alegria mas não chegamos a esse ponto.

Eu adoro tecnologia. Eu sou um nerd, que que eu posso fazer? Nesse momento eu estou vendo TV, escrevendo, ouvindo pocasts e assistindo TV muda (isso explica alguns erros de concordância nesse texto) e essa postagem não é, de forma alguma, uma crítica aos sedentários de computador - principalmente por que não sou nem um pouco auto-crítico.

O vício, qualquer tipo de vício, não importando se for por roer unhas do pé, cutucar o ombro ou qualquer tipo de esquizofrenia do gênero. O vício sempre causará problemas e eu gostaria de conseguir não me plantar como uma raíz velha na cadeira em frente ao computador, but I can't. Fica pra vocês essa tarefa, eu fico aqui escrevendo.

E ao final dessa redação, só posso pedir, nunca mais apagão!
A intenção inicial não era rimar, era só fazer uma frase final, mas agora que já ridicularizei, deixa quieto.

PS: Eu tô querendo gravar um VideoCast Solo, só pra brincar mesmo. Se conseguir fazer isso hoje ou amanhã, eu posto no sábado, pra compensar a "seca" de posts na última semana.

Agradecimento especial a todos que fizeram parte da grande bibliografia de piadas do apagão no Twitter.

domingo, 1 de novembro de 2009

Cards, Chips & Laws

A constituição brasileira proíbe qualquer "jogo de azar" mantido em lugar público, sendo "jogo de azar" qualquer atividade que envolva mais sorte - ou somente sorte - do que o próprio cálculo.
Houveram milhões de debates, reuniões, CPIs e o diacho pra definir a proibição ou legalização desse tipo de "modalidade" no Brasil, mas não é porque a legislação proíbe que metade do país cortará as atividades de pôquer semanal no domingo à tarde.

Eu, como defensor e amante berseker do Texas Hold'em e, infelizmente, uma tentativa de jornalista imparcial, vou falar disso pelos dois pontos de vista. Ou não. É, não.

Eu sempre achei que cada um vivesse por sua conta e risco, portanto, a culpa não seria da banca de BlackJack se alguém ficasse bêbado e apostase sua aposentadoria numa mão somada em 23. A mesma coisa para o bingo, roleta e outros desse gênero que agora me falham a memória. São jogos que eu considero estúpidos porque não incluem nenhuma lógica nem trazem alguma diversão, mas só o risco do prejuízo/perda de todos os bens imagináveis não é motivo que justifique a proibição generalizada de todos os jogos de carteado.

O pôquer, após ser apoiado por vários profissionais da área, foi considerado um esporte de estratégia e cálculo, estando ao lado do xadrez e afinal, a sorte não define os melhores jogadores. Mesmo assim, ainda é um esporte discriminado.
Todos os filmes e histórias de gente que "perde tudo nos jogos" fez esse senso comum ao redor, não só do pôquer, mas de toda atividade que possua um Ás.

Aqui, o BlackJack é considerado maligno, a roleta é o jogo do demônio e o texan poker é pra quem entregou a vida à futilidade. É uma pena, alguns esportes de cartas poderiam ser explorados, mas não, é mais fácil transformá-los em alvos. Pra que fazer algo?
Proíbam os cassinos, não precisamos deles. Já temos um grande cassino em Brasília, a verdadeira "Sin City".

Não é a constituição nem o preconceito que vão acabar com os cassinos.
Não é a constituição nem o preconceito que vão acabar com minhas tardes de pôquer no domingo.

PS: Próximo post, advinhem? (As Fantásticas Aventuras de) Dag Hammarskjöld: O Herói Desconhecido - Parte 3!
PS2: Atualizações toda quarta e domingo! Continue acompanhando!